Atribuições do Ministério do Trabalho serão dividas
em 3 pastas, diz Lorenzoni
O
ministro extraordinário de transição Onyx Lorenzoni (DEM-RS) voltou a dizer que
o Ministério do Trabalho vai deixar de existir e as atribuições da pasta serão
dividias entre o Ministérios da Justiça e Segurança Pública, o da Economia e o
da Cidadania.
O futuro chefe da Casa Civil
também afirmou que o desenho do futuro governo contará com 20 ministérios
“funcionais” e que o Banco Central e a Advocacia-Geral da União (AGU) perderão
status de ministério.
Após a eleição, o presidente
eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse que o Ministério do Trabalho teria as
atribuições divididas em outras pastas, o que gerou polêmica e o fez voltar
atrás – afirmando o Trabalho que manteria o status de ministério.
“Na verdade, o atual Ministério do Trabalho como é conhecido, ele ficará uma
parte no Ministério do Dr. Moro (Justiça e Segurança Pública), outra parte com
o Osmar Terra (Cidadania) e outra parte com o Paulo Guedes lá no Ministério da
Economia”, disse Lorenzoni em entrevista à Rádio Gaúcha, na manhã desta
segunda-feira, dia 3.
De acordo com o ministro, a
parte de “concessão de carta sindical” vai para a Justiça, a parte voltada a
políticas de geração de emprego vai para o Ministério da Economia e outra parte
ficará na Cidadania – pasta anunciada na semana passada que juntará as
atribuições do Desenvolvimento Social, Esporte e Cultura.
Onyx Lorenzoni disse ainda
que o desenho do futuro governo deverá ter 20 ministérios, depois que o Banco
Central e a AGU perderem o status. “Nós vamos ter 20 ministérios funcionais e
tem dois ministérios que são ministérios eventuais. É o caso do Banco Central,
que quando vier a independência, ele deixa de ter status de ministério e o
segundo é a AGU que nós pretendemos fazer um ajuste constitucional e quando
isso tiver definido, não há necessidade de ter status”, afirmou.
Até agora, Bolsonaro já
anunciou 20 ministérios e a expectativa é que ele anuncie o resto da equipe
nesta semana. Falta anunciar o nome do ministro do Meio Ambiente e dos Direitos
Humanos. O presidente eleito vem à Brasília na terça-feira, 4, e terá reuniões
com as bancadas dos partidos.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, Lorenzoni reforçou que o nome da pastora
Damares Alves é o “mais provável” de se confirmar para chefiar a pasta dos
Direitos Humanos. “Ela (Damaraes) é a mais provável que seja confirmada ao
longo da semana, mas quem confirma sempre é o presidente”, ressaltou.