No Ministério das Minas e Energia, Deputados Estaduais Exigem Fim do Aumento da Tarifa em Rondônia
20/02/2019 - Geral
Acompanhado dos deputados estaduais Jhony Paixão (PRB), Jean
Oliveira (MDB), Marcelo Cruz (PTB), Dr. Neidson (PMN), Chiquinho da Emater
(PSB), Ismael Crispin (PSB) e Anderson Pereira (Pros), o presidente da
Assembleia Legislativa, Laerte Gomes (PSDB), levou um duro recado ao ministro
das Minas e Energia, Bento Albuquerque, exigindo o fim do reajuste abusivo das
tarifas de energia em Rondônia, autorizado pela ANEEL, provocado pela
distribuidora Energisa S/A. A audiência foi realizada na manhã desta
quarta-feira, 20, em Brasília a convite da bancada federal, na qual
participaram também o governador Marcos Rocha (PSL) e representantes do Poder
Judiciário, Ministério Público Federal, entidades classistas e OAB.
“Ser político em Rondônia é uma das missões mais árduas que
um homem pode ter. Está impossível andar nas ruas tamanha a revolta com a
covardia que foi feita com nosso Estado”, disse Laerte. Didaticamente, o
parlamentar citou trecho do site do Ministério das Minas e Energia, citando que
a privatização iria resultar em redução de 3,27% nas tarifas de energia no Acre
e outros 1,75% em Rondônia. “Aconteceu ao contrário. Ao invés de baixar,
aumentaram a tarifa. Tive uma reunião ano passado aqui no Ministério, onde nos
foi relatado que a Eletrobrás devia de 6 a 7 vezes o seu valor de mercado. Mas
quem acumulou essa conta não foi a população, nós os consumidores, mas o Governo
Federal com essa má gestão da Ceron e Eletrobrás ao longo dos anos. Quem deve
essa conta é o Governo e não o nosso povo”, rechaçou o presidente da
Assembleia.
Ele citou o caso de famílias que pagavam R$ 80 a R$ 100
agora terão que arcar com uma tarifa que beira R$ 200 a R$ 300. “Estão optando
entre comprar comida, remédio ou pagar a conta de luz. As empresas pequenas e
médias estão fechando as portas”. Laerte citou ao ministro que o irônico dessa
equação é que Rondônia é responsável pela produção de boa parte da energia
limpa consumida no Brasil. Mas não fica nada para o Estado, apenas o ônus
social, econômico e agora financeiro com esse impacto causado pela Energisa.
Licença das atuais usinas
Enfático, Laerte deu o seguinte recado ao ministro Bento
Albuquerque: a Assembleia, atendendo ao clamor popular, pode repensar as
licenças das atuais usinas de Jirau e Santo Antônio e os futuros projetos da
usina de Tabajara em Machadinho do Oeste, além de apoiar o fechamento da BR-364
e manifestações diárias em Porto Velho e nos demais municípios. “O Ministério
das Minas e Energia precisa nos dar uma posição urgente e reconsiderar esse
aumento abusivo e injusto. Como bem falou nosso senador Marcos Rogério,
sofremos um estelionato com essa privatização”, acusou o representante
rondoniense.
Ministro reconhece erro
Falando que Rondônia merece uma “resposta justa”, o ministro
Bento Albuquerque admitiu o erro que consta na página do Ministério das Minas e
Energia falando da “economia” de 1,75% nas contas de energia que seriam fruto
da privatização do setor elétrico no Norte brasileiro. “É um erro no mínimo de
comunicação isso consta no site com esse reajuste tão alto”, disse ele. O
ministro ficou de sentar com sua diretoria e representantes da ANEEL para
tratar da questão e responder ao pleito dos representantes do Estado o mais
rápido possível.
Fonte
: http://www.al.ro.leg.br Autor
: Ronaldo Afonso do Amaral